Como empresário da editora, Mendes tinha que lidar com problemas como a inflação da época, tinha que comprar papel, negociar com distribuidores, pagar funcionários, controlar estoques etc. Era coisa demais para uma pessoa que também encabeçava a parte artística da Circo. “Fora isso, havia as locuras da minha vida. Muita droga, mulher, bebida... Se existe a nau dos insensatos, eu sou a própria insensatez”, desabafou o editor. “Faltou alguém para me ajudar na administração. Por exemplo: na tiragem da revsta da morte da Rê Bordosa, fizemos 100 mil e vendeu tudo. Se eu tivesse alguém para me acessorar, teríamos feito 300 mil. Eu não tive essa visão”.
Outra crise surgiu no final de 1987, quando a revista “Circo” ficou desfalcada da presença de Luiz Gê, que foi estudar design em Londres. Inicialmente ele ficaria um ano por lá, mas a estadia se estendeu por dois anos.
Em 1992, com o cancelamento de títulos, a Circo entrou um uma nova fase, funcionando mais como estúdio.
Após fazer uma parceria com a editora Sampa, de Carlos Casamata, que cuidava da compra de papel, impressão e distribuição, Mendes lançou uma nova leva de revistas, com os mesmos autores da casa: Laerte, Glauco e Angeli. Mas os tempos eram outros e tudo parecia uma sombra do que foi a Circo, pois muito do conteúdo vinha de republicações e dasm tiras já publicadas na “Folha de S. Paulo”.
A Circo publicou revistas em quadrinhos até 1995.
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