quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A Guerra dos Gibis

A GUERRA DOS GIBIS

A guerra dos gibis narra a chegada dos quadrinhos ao Brasil, vindos dos Estados Unidos em meados da década de 1930, pelas mãos do jovem jornalista Adolfo Aizen, funcionário do jornal O Globo. Após mostrar a descoberta a Roberto Marinho - que não demonstrou o menor interesse -, Aizen lançou seu Suplemento Infantil no jornal A Noite. A novidade logo se tornou uma irresistível mania de crianças e adolescentes - e uma mina de ouro para editores de jornais e revistas, que se engalfinhavam na disputa por aquele mercado milionário.
De febre juvenil e editorial, os quadrinhos passaram a ser duramente atacados por políticos, jornalistas, artistas, educadores, religiosos e toda sorte de palpiteiros, que enxergavam ali apenas "monstruosidades e imoralidades", "subliteratura infame", "analfabetismo, pobreza intelectual", "verdadeiras orgias de sadismo, pornografia e estupidez", "corrupção de menores", "mitologia truncada e monstruosa".
As histórias em quadrinhos mobilizaram as mais altas figuras da vida brasileira, como Getúlio Vargas, Jânio Quadros, Jango, José Lins do Rego, Jorge Amado, Nelson Rodrigues, Leonel Brizola, Assis Chateaubriand, Carlos Lacerda, Victor Civita, Gilberto Freyre e muitos outros - alguns contra e outros a favor do que parecia ser o mal do século.
Fruto de uma pesquisa de mais de dez anos, o livro conta ainda com um caderno de fotos recheado de capas do primeiro número de cada gibi e um anexo com a legislação de censura - hoje, muito curiosa - que tentava pôr ordem no coreto.
ACERVO Gibiteca Henfil Am
Núcleo de Histórias em Quadrinhos
www.gibitecahenfilam.blogspot.com.br

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