STAN LEE
* Tom Russo
A ENTREVISTA
Stan Lee tem dificuldade em apontar coisas. Não importa que tenha um dom quase
mágico de bolar personagens e foi o responsável não só pelo surgimento do
Universo Marvel,mas de boa parte do imaginário popular da última metade do século.
Quando chega a hora de apontar o
melhor artista entre a infinidade de lendas com quem trabalhou, ele enrola, faz
que vai, não vai e tira o time de campo. E, enquanto os fãs perguntam o tempo
todo sobre o que está segurando os projetos da Marvel para o cinema, Lee
insiste que as razões dessa demora não são fáceis de se explicar. Fazer o fundador da Marvel falar de
sua companhia ou do panorama da indústria é como tentar atirar no Mercúrio, do
X-Factor. Atualmente, o lançamento da Excelsior, uma linha de super-heróis
independentes para a Marvel que ele vai editar em seu escritório de Los
Angeles, é um dos projetos que mais tem ocupado Stan Lee. Numa tarde de
setembro na praia de Malibu, durante os preparativos para uma viagem a Nova
York, onde faria uma participação especial no filme Mallrats, o grande guru dos
quadrinhos sentou-se com a WIZARD para dar sua entrevista definitiva.
Wizard : Fale sobre o que
mais você fez antes de se estabelecer nos quadrinhos.
Stan Lee : Bem, comecei a trabalhar com 15 anos. Ainda cursava o
colegial e arranjei um emprego de meio período entregando sanduíches em Nova
York. Em todas as entregas, eu saía disparado. Todos os outros entregadores
andavam devagar e me diziam: “Por que você está se matando?”. E a minha
resposta: “ ESTOU DESCOLANDO GORJETAS!”. Eu pensava: “Esses caras são idiotas. Com as minhas corridas, faço duas
vezes mais entregas do que eles e embolso duas vezes mais gorjetas”. E nunca
mais parei de correr.
Pra onde você correu em
seguida?
Ah, tive um
monte de outros empregos. Com 16 anos, fui lanterninha num grande cinema na
Broadway chamado Rivoli. Naquela época, ser lanterninha era como ser cadete da
academia militar de West Point. A chefia te inspecionava quando você se
apresentava ao trabalho pela manhã. Um dia, Elanor Rooosevelt foi ao nosso
cinema e, adivinha! Foi direto até a minha fileira. Como fiquei orgulhoso... Eu
estava indicando o caminho da mulher do presidente. Empinei o queixo e fui
andando. Mas algum cretino botou o pé na frente e eu cai de cara. Só sei que,
quando abri o olho, a primeira-dama colocou as mãos nos meus ombros e disse:
“Precisa de ajuda, mocinho?”.
UAU!
Seja como
for, depois eu vi um anúncio no jornal: PROCURA-SE ASSISTENTE EM EDITORA.
E esse classificado era da
Timely Comics, que tempos depois se tornou a Marvel.
Exatamente.
E acho que fui o único que respondeu ao classificado, porque descoleio emprego.
Eu nem mesmo sabia que se tratava de uma editora de histórias em quadrinhos,
mas imaginei: “Vou aceitar o emprego,ganhar experiência e cair fora”, Nunca
mais saí de lá . E está é a história da minha vida ( risos ).
Mas você não tinha algum
parentesco com Martin Goodman, o sujeito que fundou a Timely?
Ele era
marido de uma prima minha. Esse foi o máximo de parentesco que tivemos ( risos
). A gente nem se conhecia.
Isso era por volta da
Segunda Guerra Mundial. Quando você serviu o exército?
Me a listei
no exército com uns 18 anos. Acho que já estava trabalhando pro Martin a pouco
mais de um ano. Pensei que ia pro estrangeiro, mas alguém descobriu que eu
trabalhava com quadrinhos. Daí me mandaram pra Astoria, em Queens, onde o
exército tinha uma divisão de cinema. Fui escrever roteiros de filmes de
treinamento manuais de instrução, mas também desenhei um cartun que deve ter
sido um dos mais famosos da Segunda Guerra. Me pediram pra fazer um pôster convencendo os soldados a
irem a uma estação de tratamento caso
tivessem andando com alguma menina. Agora, me diz como colocar isso num
pôster?
Ou em qualquer pôster!
Bem,
desenhei um cartum de um soldado a caminho da estação, sorrindo orgulhosamente.
Então pus um pequeno balão sobre sua cabeça com os dizeres: Doença Venérea?
Comigo Não!. Devem ter distribuído 200 trilhões desse pôsteres. Eu ganhei a
guerra sozinho ( gargalhada ).
Não foi extamente um
Sargento Fury. Mas mudando de assunto de volta ao front doméstico, qual era o
tamanho da Timely naquela época?
Ah, quando
cheguei lá, era só o Joe Simon e Jack Kirby. Jack era o artista e Joe, o
editor. E como a Timely não tinha muto mais funcionários além dos dois, o
Martin Goodman comprava material artística adicional da Funnies, Inc. O Tocha
Humana e o Príncipe Submarino foram comprados da Funnies.
Você progrediu rápido
depois que foi contratado?
Eu era jovem
e não tinha experiência com publicações, por isso no começo só entregava
recados. Mas comecei a participar do processo criativo muito rápido Joe e Jack
me davam revisões para fazer e eu pensava com meus botões: “Nossa, eu também posso
escrever isso”. Então acabaram, me pedindo pra escrever algumas coisa e foi
assim que me tornei roteirista. E não muito tempo depois da minha chegada Joe e
Jack saíram. O Martin precisou de alguém para substituir Joe como editor e me
perguntou: “Você acha que pode encarar o trabalho enquanto procuro um adulto?”.
Quando se tem 17 anos, a gente acha que pode tudo! Eu disse claro e me tornei
editor. Ao que parece Martin não encontrou mais ninguém, porque fiquei no cargo
até me alistar. Depois, voltei e trabalhei como editor, diretor de arte e
roteirista-chefe até me tornar Publisher em 1972.
Fanboy tornou-se um termo muito popular neste ramo.
Você era essencialmente um fanboy anos atrás ou havia um tipo diferente de
entusiasmo pelos quadrinhos naquela época? ( Nota do tradutor: “fanboy” é a maneira
de se designar um fã de quadrinhos que acaba trabalhando na área ).
Sabe de uma coisa, não
acho que era diferente de hoje. Atualmente, a maioria das pessoas está no ramo
porque são fãs e, naquela época era a
mesma coisa. Eu era um grande admirador do Jack. Adorava Capitão América.
Quando comprei uma edição pela primeira vez não dava pra acreditar. Estava
muito à frente de qualquer outra coisa. E Joe e Jack eram os caras que tinham
produzido aquela revista. Por isso, quando apareci pra trabalhar pra eles,
fiquei muito, muito impressionado. Eram os meus deuses.
Muita gente não sabe que
seu verdadeiro nome e Stanley Lieber, não é mesmo?
Bem, eu sou
Stan Lee há tanto tempo... mas é isso mesmo. Meu nome era Stanley Martin
Lieber. Um nome adorável. Poético! Mas, quando comecei a escrever gibis, achava
que ainda escreveria o “Grande Romance Americano” e quis guardar o Stanley
Martin Lieber pra isso. Daí, cortei meu primeiro nome na metade e pensei: “Vou
usar esse pros gibis, porque é só um emprego temporário”. No fim, fui ficando e
cada vez mais gente passou a me conhecer como Stan Lee. Que é um nome bem
ridículo...
Já se escreveu que, nos
anos 50, quando a indústria começou a capengar você estava pra deixar os
quadrinhos.
Trabalhei
pro Martin Goodman todos aqueles anos e foi muito bom. Ele entendia do assunto,
mas achava que os quadrinhos eram um meio de comunicação apenas pra gente muito
jovem. E eu estava cansado de escrever roteiros simplistas com palavras que
jamais excediam duas sílabas. Finalmente, em 1960, disse à minha esposa: “Joan,
eu quero cair fora”. Ela respondeu:
“Sabe Stan, você sempre disse que gostaria de escrever histórias diferentes .
Por que não faz isso e edita uma revista do jeito que você quer? O pior que
pode acontecer é o Martin te demitir. E você quer pular fora de qualquer jeito,
né? Então o que tem a perder?”. Foi por este motivo que nós começamos o assim
chamado Universo Marvel. Tudo culpa da minha mulher.
De onde você tirava tanta
inspiração para todos esses personagens?
Nem imagino
de onde vinham as idéias. Se eu pensar a respeito, quem sabe descubra.
Bem que tal os X-Men?
Essa é
fácil! Na época em que fiz os X-Men, eu já havia esgotado os meios dos
personagens adquirirem seus superpoderes. O Homem Aranha tinha sido picado por
uma aranha radioativa. O Quarteto Fantástico, atingido por raios cósmicos. Thor
era um deus e ponto final... Então disse: “Vou facilitar as coisas pra mim. E
se as pessoas simplesmente nascessem desse jeito? E se fossem mutantes?”. Isso
não é nada. É só uma idéia. O importante é
bolar personagens que os leitores gostem. Você pode ler a maior trama do
mundo, mas se não tiver interessado nos protagonistas , a história não vai
significar nada. E pra mim criar personagens é a coisa mais divertida do mundo,
até mais do que escrever. Essa é a razão porque sou um escritor tão rápido.
Quanto mais rápido redijo, mais cedo termino. É provavelmente a única razão
porque fiquei tanto tempo nos quadrinhos. Tive um monte de ofertas para
escrever livros e roteiros de filme, mas a idéia de redigir alguma coisa que me
ocupasse por dias e semanas sempre foi aterradora. Gibi, a gente escreve em um
dia e depois acaba. Claro que na manhã seguinte, tem que começar tudo de novo e
ainda assim, nenhum projeto dura mais do que um dia ou dois.
De onde veio sua marca
registrada de dizer Excelsior?
Adoro
expressões . A primeira que usei bastante foi “nuff Said”. Aí eu percebi que
revistas concorrentes também andavam usando o mesmo. Então pensei: “Dane-se.
Vou bolar outra expressão”, Mas tudo que eu criava, pouco depois começava a
pulular em outras revistas. Por isso finalmente optei por Excelsior. Imaginei
que ninguém mais usaria, porque nem mesmo sabiam que diabos significava a
palavra. Nos tempos do rei Arthur queria dizer sempre pra cima.
Muito bem, prepara-se. É
chegada a horas do terrível jogo de associação de nomes.
Ah, eu sou
terrível nessas coisas, mas tudo bem.
Jack Kirby
O mestre
Steve Ditko
O gênio sem
igual.
John Romita Sr
O melhor que
há
John Buscema
O
Michelangelo dos quadrinhos. Ele não tem um estilo chamativo, por isso não tem
tantos fãs quanto alguns outros, mas pode desenhar qualquer coisa e melhor do
que ninguém.
Vamos, Stan. Agora abra o
jogo. De todos os artistas com quem você trabalhou, quem é o seu favorito? O
Buscema?
Ah, eu
trabalhei com tantos. Teve o Steranko. O Barry
Windsor-Smith. Depois,
Gil Kane, Ross Andru, Joe Sinnott...
Tudo bem, mas agora você
tem que nos dizer quem é seu personagem preferido.
Eu
teria que dizer que meus dois
personagens favoritos são o Homem Aranha e o Surfista Prateado. O Homem Aranha,
porque se tornou tão famoso e nos identificamos muito. O Surfista Prateado,
porque sempre adorei botar, na sua boca, um montão de coisas que realmente
expressavam muito da minha filosofia de vida.
Dizem que o primeiro título
do Surfista Prateado foi cancelado em 1970 porque Martin Goodman teria dito:
“Vamos alterar o personagem. Chega de filosofada”.
Isso mesmo.
Eu preferi cancelar a revista. Mas sempre tive sorte com o Surfista. Kirby
criou o personagem e fez um trabalho magnífico. Depois, veio o Buscema, que foi
fantástico. Então, fiz aquela edição especial com o Moebius e achei o cara
brilhante. É, tenho muito orgulho do Surfista. Na verdade, gostaria que ninguém
mais tivesse posto a mão nele. Mas, depois de um tempo a Marvel decidiu trazer
o homem de volta. Eu não tinha tempo de escrever e não teria sido justo fazer
um escândalo federal e dizer: “Não ,não,não façam isso”. Pelo menos, sei que
escrevi todas as primeiras histórias. Pra mim, é nelas que está a quintessência
do Surfista Prateado.
Por falar nessa primeira
histórias, elas suscitaram novo interesse, uma vez que Jack Kirby não parava de
dizer que talvez você tenha recebido crédito demais enquanto ele nem tanto.
Pode ser
verdade, Jack merece grande parte do crédito. Não acho que aquelas histórias
teriam sido o sucesso que foram sem a mão dele. A sua arte era um grande fator
de inspiração pra mim. Quando Jack desenhava uma história ele sempre
acrescentava coisas que não tínhamos discutido antes. Nunca tentei diminuir o
mérito do seu trabalho. Quanto ao fato de eu ter crédito demais, quem sabe? As
palavras que você lê em todas aquelas histórias eram minhas. Eu dizia: “Jack,
bole um personagem chamado Hulk. Ele tem que ser deste e desse jeito. E assim por
diante, com todas as revistas”. Depois que começávamos, Jack dava contribuições
enormes aos roteiros. E , mais tarde, alguns roteiros. E, mais tarde, alguns
roteiros eram inteiramente dele. Uer dizer, o homem simplesmente me trazia
vários argumentos e eu nem ligava. Ele era tão bom , que escrever o texto final
era muito divertido pra mim. Sempre achei que tínhamos um relacionamento de
trabalho maravilhoso.
Como você definiria seu
papel na Marvel hoje?
Na Marvel
Comics, ainda sou Publisher e diretor , mas é um título mais honorário do que
qualquer coisa. Sempre achei que, se você não tem responsabilidade , não deve
exercer autoridade. Se as coisas vão mal na Marvel Comics, ninguém pode me
culpar. Então, não é justo que eu tente dizer a quem está no comando o que
fazer ou como fazer. Por isso, apenas ofereço consultoria e tento ajudar as
equipes criativas da melhor maneira possível. Na Marvel Films, sou o
co-produtor executivo de todos os nossos filmes, projetos de TV e desenhos
animados. Trabalho com Avi Arad ( presidente da Marvel Films ) e nós dois
iniciamos esses projetos tentando trabalhar com osmelhores roteiristas e
diretorese lutar pra que tudo seja colocado nos melhores estúdios.
Você disse que parte do
apelo de redigir um gibi é o desfecho rápido. Os filmes são um negócio onde as
coisas andam muito lentamente...
Mas a gente
aprende. Quer dizer, você tem que viver com as regras. Já me disseram: “Você
não acha péssimo não ser dono dos personagens que criou?”. Eu não me sinto mal
porque aquelas eram as regras quando criei todos eles. Sempre vivi de acordo
com elas. E já aprendi quais são as regras em Holywood. É assim que os filmes
são feitos. Por isso, se você fica conhecendo os bastidores de um projeto, vê
que demora cinco, seis, oito anos desde o momento em que alguém escreve o
roteiro até as estréia do filme. Alguns deles andam rápido, como O Máskara.
Você tem Jim Carrey, um bom roteiro , o estúdio certo e, em um ano ou dois,
está tudo pronto. São exceções.
Você encomendou meia dúzia
de seus scripts a David Goyer, o roteirista da continuação de The Crow. Ele
parece ser um sujeito talentoso mas não é ruim deixar tanto material com um só
roteirista?
Não, não.
Ele é muito rápido e muito bom. Se der conta do recado, ótimo. Na hora em que
entregar um roteiro ruim, a gente não compra . Eu tive mesmo problemas anos
atrás quando trabalhava pro Martin Goodman. As pessoas diziam “Por que você
deixa o Stan escrever tantas revistas?”. E ele respondia: “Ora as histórias são
boas. Quando deixarem de ser ele não escreve mais”.
A verdadeira força da
Marvel Films até o momento foi a animação. Como você classifica X-Men e os
desenhos animados que vieram depois dele?
Eu estava
assistindo ao X-Men outro dia e fiquei pasmado de ver que depois de três anos,
os episódios parecem tão novos e
empolgantes quanto no início. Em seguida veio o Homem-Aranha e, no primeiro
anos, já é uma tremenda série. Isso é bom demais. E acho que todo mundo vai
ficar impressionado com os desenhos animados na próxima temporada da Marvel
Action Hour. Ela está à altura de X-Men
e Homem Aranha. É uma série totalmente diferente desta temporada.
Houve mudanças na equipe
criativa da Marvel Acton Hour?
Sim. Mudamos
todos os que estavam produzindo o show. Do pessoal produzindo o show. Do
pessoal que faz os storyboards e layouts ao diretor, são todos novos. Vi alguns
dos primeiros desenhos e são maravilhosos.
O que você acha da situação dos quadrinhos hoje?
Tenho muito
orgulho dos rapazes da Marvel. Acho que há muitas idéias novas e um monte de
surpresas nas revistas. Você lê os fanzines e algumas pessoas dizem: “A gente
não gostou desse história, de clonagem do Homem-Aranha”. Bem. Você pode não
gostar, mas vendeu. Gerou muito interesse. E acho que a saga Age of Apocalypse
nas revistas dos X-Men foi brilhante. Obviamente,as histórias estão bem mais
violentas e sombrias do que anos atrás, mas o mundo está mais violento e
sombrio.
Mesmo aasim, recentemente a
Marvel cancelou um monte de títulos. Você acha que o surgimento da Image Comics
em 1992 deixou um vácuo de talentos.
Umas das
coisas mais sensacionais no ramo das histórias em quadrinhos é que ele cresceu
tanto e tem um número tão grande de jovens querendo ser artista
e roteirista que não há mais escassez de talentos. Todo dia aparece um
guri genial de 18 anos batendo na porta, louco para desenhar ou escrever um
revista. Talvez eu esteja bancando cretinamente a Poliana, mas desejo toda a
sorte do mundo a Image. Eles são todos rapazes simpáticos e talentosos e
triunfaram em quase tudo que fizeram. Acho isso ótimo.
Em nenhum momento de sua
carreira você sentiu um desejo ardente de trabalhar para a concorrência?
Anos atrás
quando as histórias de super-heróis não apreciam estar indo a parte alguma
adoraria ter escrito Super Homem, Batman e Mulher Maravilha. Agora esses
personagens não parecem mais precisar de mim, mas eu sempre pensava: “Rapaz,
aposto que deixaria esses caras populares de novo. Hoje acho que me divertiria
escrevendo Lobo”.
De todas as histórias que
você escreveu, qual é a sua favorita?
É difícil
dizer. Às vezes passo os olhos num volume de Marvel Masterworks ou alguém me
traz um revista para autografar e topo com uma história de que não me lembrava
mais. Então digo: “Uau! Está é uma das minhas favoritas!!!”
Ah, Stan! Assim não tem
graça. Eu estava folheando Marvel Masterworks outro dia e vi um história que eu
tinha esquecido completamente...
Mas há
tantas. Teve uma história do Demolidor. Era sobre um amargurado veterano do
Vietnã que tinha ficado cego. Esse sujeito estava encrencado. O Demolidor
aparece para ajudar e encorajar o cara. Gosto de história que tenham calor
humano e acho que essa em particular, é uma delas. Também teve as três
histórias do Quarteto Fantástico que passaram a ser chamadas de A Trilogia do
Galactus. Adoro esse nome. Nas minhas palestras em universidades, os alunos
diziam: “Falem-nos da trilogia do Galactus”, e eu me sentia importante. Acho
que todas as história que escrevi na revista do Surfista Prateado, da primeira
à última, foram excelentes. E adorei muitas das revistas do aranha. Na verdade,
não posso mesmo dizer qual foi meu gibi favorito. Eu amei todos.
* Colaborador da Revista Wizard - O Guia dos Quadrinhos / Número 1 - Agosto 1996
* Colaborador da Revista Wizard - O Guia dos Quadrinhos / Número 1 - Agosto 1996
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