quinta-feira, 23 de agosto de 2012

OS TRAPALHÕES PUBLICADO PELA EDITORA BLOCH ANOS 70 E 80



TRAPALHADAS NAS BANCAS


EDITORA BLOCH - Essa versão era muito engraçada, principalmente pela falta do 

compromisso "politicamente correto" de hoje. Essa revista durou 11 anos (de 76 a 87). 

Apesar das boas vendas, Renato Aragão e sua trupe mudaram de casa e de equipe criativa. 

Especula-se que os humoristas tinham planos financeiramente mais rentáveis e, por essa 

razão, não renovaram o licenciamento com a Bloch. Assim, em 1988, Os Trapalhões chegam

 às bancas pela paulista Editora Abrilem uma versão infantil. Em 1996, a Bloch (já mal das 

pernas) ensaiou a volta dos personagens em As Aventuras do Didi mas durou apenas 3 

edições. A Editora Escala também fez algumas edições e passatempos com o Turma do 

Didizinho nesta década de 2000 e agora (2010) volta as bancas em versão Mangá. Boa sorte!

GIBITECA HENFIL MANAUS AMAZONAS:   OS TRAPALHÕES PUBLICADO PELA EDITORA BLOCH   ANOS 70 E 80 

Gibis

Os Trapalhões - Editora Bloch


A primeira revista em quadrinhos dos Trapalhões foi publicada pela Editora Bloch, em 1976. Nela, os quatro trapalhões Didi, Dedé, Mussum e Zacarias eram retratados em dese-nhos quase reais, fugindo do modo caricato de alguns anos mais tarde.

O gibi seguia o estilo do programa de televisão do grupo, com histórias longas e até cansativas para os quadrinhos. Os primeiros números também traziam histórias de outros personagens famosos da época, como o Gato Félix. Outra curiosidade é que as capas das publicações não eram desenhadas, como tradicionalmente ocorre, e sim mostravam fotos dos trapalhões em diversas situações.

A partir de 1979, o estúdio do desenhista Ely Barbosa assumiu a criação das histórias dos Trapalhões. O primeiro passo foi construir um novo conceito, com mais dinamismo e características próprias, para o gibi seguir seu caminho independente da televisão.

Um dos pontos fortes dos quadrinhos eram as paródias a super-heróis, programas de televisão, filmes e a tudo que estivesse acontecendo de importante na época. A essência pura dos quatro trapalhões foi mantida nessas revistas. Lá, eles brincavam com todos os gêneros – de mulheres a bebidas, passando até por temas sexuais e homossexuais – o que seria impossível nos dias atuais.

Com essa fórmula, os gibis conquistaram crianças e adultos durante muitos anos, totalizando 83 edições publicadas até 1986. No ano seguinte, a revista mudou de nome para Super Trapalhões e aumentou seu tamanho para o formato americano, mas foi encerrada logo depois.



Aventuras do Didi - Editora Bloch

Devido ao sucesso do gibi Os Trapalhões, em 1982 a Bloch resolveu editar outra revista somente com o nome do líder do grupo: Aventuras do Didi.

Apesar do título, todos os outros trapalhões apareciam na revista. Um fato curioso é uma edição especial somente com histórias do Mussum.

A revista seguia o mesmo estilo da outra publicação do grupo, com sátiras aos mais diversos gêneros e desenhos caricatos num dinamismo envolvente.

Em 1987, o gibi mudou de nome e de formato. Agora era somente Didi: Passatempos e Quadrinhos. O habitual formatinho se transformou num tamanho bem maior (formato americano). Um novo conceito foi adotado, misturando-se passatempos e quadrinhos.

Seu fim chegou em 1987, deixando mais de 40 edições publicadas.



Diversos - Editora Bloch

Além das tradicionais Os Trapalhões e Aventuras do Didi, foram lançadas outras revistas similares durante o auge do grupo. Um exemplo é a Trapa-Suat, lançada em 1979, onde o quarteto satirizava a série americana Swat - assim como no programa de televisão. Cada um dos cinco exemplares trazia jogos e brincadeiras para a criançada, além da história de vida de cada trapalhão.

Nesse período também foram lançados vários Almanaques dos Trapalhões com histórias inéditas ou reunindo as melhores já publicadas. Neles também apareciam seções de diversão com cruzadinhas, caça-palavras e desenhos para colorir.

Em 1981, para comemorar os 15 anos do grupo, foram lançados dois almanaques que traziam de brinde moedas dos Trapalhões. Nesse mesmo ano, outro gibi, intitulado Almanaque de Férias, também foi publicado no período de recesso escolar das crianças.



Revista em Quadrinhos dos Trapalhões - Editora Abril

Em janeiro de 1988, começa uma nova fase dos Trapalhões nos quadrinhos. Agora, os desenhos eram criados por César Sandoval, também cartunista da Turma do Arrepio.

Publicados pela editora Abril, os quatro humoristas eram retratados como crianças, resultado de um novo posicionamento de mercado que objetivava o lançamento de diversas linhas de produtos, como brinquedos, alimentos e itens escolares.

As primeiras edições traziam um pequeno poster, chamado de Trapa-Poster, onde o quarteto era mostrado em situações pra lá de inusitadas.

Em 1990, mesmo com o falecimento de Zacarias, a revista continuou normalmente suas edições com o personagem ingênuo de macacão rosa. A última publicação do quarteto nesta revista foi em fevereiro de 1993, totalizando 77 números de diversão e alegria.



As Aventuras dos Trapalhões - Editora Abril

Pouco mais de um ano depois da estreia dos Trapalhões na editora Abril, surge As Aventuras dos Trapalhões em setembro de 1989. Com maior número de páginas, neste gibi o quarteto iria satirizar somente histórias famosas da literatura mundial, programas de televisão e filmes dos mais diversos gêneros.

Logo no primeiro número, o grupo foi parar na Roma antiga, tirou onda com Robinson Crusoé e ainda satirizou Sherlok Holmes e Frankstein. Muitas paródias marcaram esse gibi. Algumas das mais famosas foram Didiana Jones, Bode Ranner, Didicop, Traparugas Ninjas, Didiraya, Zetê entre outros.

O fim das publicações do grupo na editora Abril, definitivamente, deu-se em março de 1994, com o número 51 de As Aventuras dos Trapalhões. Com a paródia "A Volta de Didi Krueger", o quarteto brincou substituindo o terror do filme original por sua alegria contagiante.



Diversos - Editora Abril
As publicações extras tiveram início no final de 1988, com o lançamento do Almanaque dos Trapalhões reunindo as melhores histórias publicadas no gibi principal da turma.

A partir daí, os almanaques foram publicados sem periodicidade regular trazendo, além das histórias, divertidos passatempos com as imagens de Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.

Em 1990, a editora também começou a publicar oAlmanaque Aventuras dos Trapalhões, onde era possível rever as clássicas paródias do quarteto.

A principal publicação extra da trupe foi em 1991 comDidi Volta para o Futuro. Em formato americano, o gibizão foi lançado numa única edição especial chamada de Grafic Trapa.

Do formato ao acabamento luxuoso, a revista especial remetia  às graphic novels da época que tinham uma produção diferenciada com alto padrão de qualidade.

A história apresenta a paródia da trilogia de "De Volta para o Futuro", estrelada por Didi, como Martin McFly, Zacarias como o Dr. Brown, Dedé encarna o papel de Biff e Mussum é o futuro prefeito de Hill Valley.

Outro gibi extra foi o Grande Almanaque dos Trapalhões - 25 anos que reuniu, em 164 páginas, quadrinhos inéditos, passatempos - como cruzadinhas, caça-palavras e desenhos para colorir - e ainda um resumo sobre a trajetória de cada trapalhão até formar o grupo definitivo.

No ano seguinte, em julho de 1992, o Especial RPG - As Aventuras dos Trapalhões trouxe um formato diferente para os quadrinhos. Nele, o leitor brincava numa espécie de jogo de interpretação, onde ele seria o herói da história e tomaria as decisões para dar rumo à aventura. As duas edições desse especial foram protagonizadas pelos personagens da série Didiana Jones, sátira de Indiana Jones.









GIBITECA HENFIL MANAUS AMAZONAS:   OS TRAPALHÕES PUBLICADO PELA EDITORA BLOCH   ANOS 70 E 80 




GIBITECA HENFIL MANAUS AMAZONAS:   OS TRAPALHÕES PUBLICADO PELA EDITORA BLOCH   ANOS 70 E 80 



GIBITECA HENFIL MANAUS AMAZONAS:   OS TRAPALHÕES PUBLICADO PELA EDITORA BLOCH   ANOS 70 E 80 


GIBITECA HENFIL MANAUS AMAZONAS:   OS TRAPALHÕES PUBLICADO PELA EDITORA BLOCH   ANOS 70 E 80 

GIBI DO FANTASMA

GIBI DO FANTASMA-  EDITORA SABER ANOS 70


O Fantasma é uma das grandes criações do grande Lee Falk







GIBITECA HENFIL: FANTASMA O PRIMEIRO HERÓI MASCARADO DOS QUADRINHOS




O Fantasma é um personagem criado por Lee Falk (também o criador do Mandrake, o mágico), contando as aventuras de um combatente do crime, mascarado e usando uma roupa característica. A série começou a ser publicada em jornais diariamente em 17 de Fevereiro de 1936, e aos domingos, como edição colorida, em Maio de 1939, continuando até os dias actuais (2006). Falk encarregou o desenhista Phil Davis do desenho de suas histórias.

O Fantasma foi o primeiro super-herói a usar um uniforme, característica desse tipo de publicação. Com o tempo, passou a ser publicada em revistas aos quadradinhos, como republicação das tiras dos jornais, e depois com histórias completas originais. Caso raro na história dos quadrinhos: Falk conseguiu criar dois personagens de grande sucesso, sendo que sua segunda criação, o Fantasma, conseguiu superar em popularidade sue personagem anterior, Mandrake.


No Brasil, o personagem se tornou muito popular e foi publicado por décadas em revista própria daRio Gráfica Editora.
O Fantasma não foi o primeiro herói dos quadrinhos a ter a maior parte de suas aventuras ambientadas na selva, mas em termos de originalidade superava antecessores como Jim das Selvas. A tira do Fantasma podia não ser tão bem desenhada quanto a de Tarzan ou de Jim das Selvas, mas a qualidade dos roteiros de Falk superava de longe o trabalho de seus contemporâneos. As primeiras tiras do Fantasma foram desenhadas pelo próprio Falk, antes que ele se dedicasse exclusivamente aos roteiros e passasse logo a tarefa para o desenhista Ray Moore (1905-1984), o primeiro de uma série de artistas a desenhar o herói (sem contar os inúmeros assistentes que trabalharam anonimamente nas tiras).


Colonialista ou anticolonialista?

Do ponto de vista político, o Fantasma é um herói bastante ambíguo. As tiras do herói já foram acusadas por seus críticos de reproduzirem o discurso neocolonialista. Afinal, o Fantasma era um homem branco, descendente de britânicos e que reinava sobre uma tribo de pigmeus. Seus antepassados se empenharam para lutar 

contra piratas chineses, mas nenhuma nação lucrou mais com a pirataria no passado que a Grã-Bretanha. Por outro lado, algumas aventuras mostram o herói como um defensor da soberania dos povos africanos e asiáticos. O Fantasma é colonialista ou anti-colonialista? A julgar por
várias de suas histórias, ele consegue ser ambos ao mesmo tempo. Talvez, essa ambiguidade seja um das características que tornam o Fantasma um personagem mais “humano”, pois com todo mero mortal, o herói também tem suas contradições.
Em parte, a ambigüidade política do Fantasma se deve ao fato do roteirista Lee Falk ter sido sensível às mudanças de opinião do público e às transformações políticas e sociais no decorrer das décadas. Inicialmente, nos primeiros anos da série, prevalecia o 



caráter neocolonialista e os estereótipos racistas em relação a africanos (quase sempre mostrados como selvagens, imaturos, ignorantes e supersticiosos) e asiáticos (mostrados quase sempre como sádicos e maquiavélicos, mesmo quando na forma de sensuais vilãs). Após o término da Segunda Guerra e com a desintegração dos impérios coloniais europeus na África e na Ásia, passou a prevalecer uma caracterização mais favorável dos povos africanos e asiáticos.
Gibis do Fantasma

A origem do Fantasma

Apesar do nome, o Fantasma nada tem de sobrenatural. O que diferencia o Fantasma da maioria dos heróis dos quadrinhos é que, apesar de sua força e astúcia, ele nada tem de invulnerável. Embora seja conhecido como o “espírito que anda” ou o “homem que não morre”, ele nada tem de imortal: na verdade, trata-se de uma dinastia de justiceiros mascarados, quando um Fantasma morre, ele deve ser sucedido pelo seu filho.
Essa dinastia surgiu na época das Grandes Navegações, quando o sobrevivente de um ataque de piratas chineses a um navio inglês naufragou em Bengala e foi socorrido pela tribo dos pigmeus Bandar. Após encontrar na praia o corpo do pirata que assassinou seu pai, o náufrago britânico jura sobre a caveira do assassino do pai combater a “pirataria sob todas as formas”. Nesse mesmo juramento, o náufrago também diz que seus descendentes seguiriam seus passos.


O nome desse náufrago era Sir Christopher Standish, mas em versões posteriores da história, todos os Fantasmas passaram a ter o mesmo nome: Kit Walker. Essa história foi contada pelo 21º Fantasma à Diana Palmer, uma jovem da alta sociedade americana. Cada Fantasma deve revelar essa história à mulher com quem pretende se casar e como os Fantasmas jamais são rejeitados, Diana aceitou se tornar noiva do misterioso mascarado. Aliás, Diana, com quem o Fantasma de fato se casou


JACK CARTOON DIRETOR DA GIBITECA HENFIL




numa história publicada em 1978 (o noivado foi longo, ainda bem que os heróis dos quadrinhos envelhecem devagar) era a mulher ideal para se casar com o herói: diferentemente das “mocinhas” de outros quadrinhos, Diana além de bonita era inteligente, corajosa, conhecia defesa pessoal e estava sempre envolvida em causas humanitárias.

O Fantasma vive na África ou na Ásia?

A localização geográfica do país onde o Fantasma vive sempre intrigou muitos de seus leitores. Afinal, o Fantasma vive num país da África ou da Ásia? Inicialmente, Falk ambientou as aventuras do Fantasma no golfo de Bengala, uma região da Índia, então sob domínio britânico. Na segunda aventura do Fantasma, Falk escreveu que o Fantasma vivia na “costa de Bengala” (Bengal no original em inglês), na Birmânia, então uma possessão britânica no sudeste asiático. Apesar da ambientação asiática, as aventuras apresentavam elementos que remetiam mais ao continente africano, tais como a tribo dos pigmeus Bandar, que protegem o esconderijo do Fantasma de quaisquer intrusos com suas zarabatanas envenenadas.


Na clássica história O fantasma vai à guerra, publicada durante a Segunda Guerra Mundial, o herói lidera um movimento de resistência contra a invasão japonesa em “Bengali” (repare na mudança de grafia). Esse fato reforça a localização geográfica do país do Fantasma em algum lugar da Ásia ou mesmo da Oceania, pois o expansionismo japonês ocorreu em territórios desses dois continentes. Segundo alguns estudiosos, Falk sempre foi ambíguo em relação à localização geográfica do país do Fantasma, que estaria situado em alguma região imaginária entre a África e a Ásia. Isso ajuda a explicar certas incoerências como animais selvagens que vivem apenas em um ou outro continente vivendo na mesma região.
A partir da década de 1960, Falk decidiu alterar a localização geográfica do país do Fantasma que desde então passou a ser identificado como um país africano. Numa história publicada em 1964, o endereço para correspondência do Fantasma aparece como:
Senhor Walker
Caixa postal 7, Morristown, Bengali, África…


Mais tarde, o país do Fantasma foi rebatizado de “Bangalla” (nas histórias publicadas no Brasil, aparece grafado como ‘Bangala”, com um “l” a menos). Na mesma época, Falk criou também um país vizinho para Bengalla: Ivory-Lana, cujo nome foi certamente inspirado na Costa do Marfim pois ivory significa ‘marfim’ em inglês.
Outro detalhe importante da “africanização” das histórias do Fantasma foi o aumento do número de personagens negros relevantes, dentre os quais o próprio presidente de Bangala, o doutor Lamanda Luaga, ex-chefe de uma equipe médica da ONU, da qual Diana Palmer fazia parte. A Patrulha da Selva, fundada por um dos antepassados do atual Fantasma, nas primeiras histórias era mostrada como uma espécie de “polícia colonial” formada apenas por patrulheiros brancos.
Em histórias mais recentes, a Patrulha da Selva passou a ser formada em sua maioria por patrulheiros negros, que combatem contrabandistas e outros tipos de criminosos. Tais mudanças nas histórias do Fantasma refletem as mudanças no contexto geopolítico após os movimentos de independência dos paises africanos e asiáticos que ganharam força após o fim da Segunda Guerra Mundial.



Crítica aos ditadores

Nas histórias do Fantasma, já apareceram vilões de todas as etnias e de ambos os sexos. A maioria é formada por estrangeiros brancos que pretendem explorar ou enganar as tribos locais. Entre os vilões asiáticos, os mais famosos foram os Singh, uma dinastia de piratas chineses. Entre os vilões negros, um dos mais recorrentes é o general Bababu, que apareceu pela primeira vez numa história publicada nos jornais em 1963. Nessa história Bababu, chega ao poder num golpe de Estado contra o governo democraticamente eleito de Luaga. É claro que o Fantasma consegue derrotar Bababu e devolver Luaga ao poder. Depois dessa história, o general Bababu retornnou várias vezes, sempre tentando tomar o poder em Bangala e em Ivory-Lana.
general Babau é um personagem que reflete uma triste realidade de muitos paises africanos: a instabilidade política e econômica dos recém-independentes paises africanos favoreceu a eclosão de 


guerras civis e o surgimento de ditaduras. Daí, a semelhança em histórias publicadas nas décadas de 1970 e de 1980, entre o general Bababu e ditadores africanos da vida real como Idi Amin, que governou Uganda de 1971 a 1979, e Robert Mugabe, que governa o Zimbábue (antiga Rodésia) desde 1980. Em 1998, quando participava de um salão internacional de quadrinhos nas Astúrias, Falk, afirmou que uma das histórias em que aparecia o general Bababu foi censurada na Argentina durante a ditadura militar que vigorou nesse pais de 1976 a 1982. O motivo da censura foi a crítica que a história mencionada fazia aos regimes ditatoriais.
Em fins da década de 1970, as histórias do Fantasma passaram a abordar cada vez mais temas como ditaduras e desrespeito aos direitos humanos. A própria Diana havia se tornado uma funcionária da ONU e investigava governos acusados de praticar crimes contra os direitos humanos. Mais um exemplo de como Lee Falk era um roteirista “antenado” no que acontecia no momento: na mesma época, o presidente dos Estados Unidos era Jimmy Carter, do Partido Democrata, político conhecido pelo discurso em “defesa dos direitos humanos”.

Publicação no Brasil

No Brasil, o personagem apareceu a partir da década de 1940 nas páginas de O Globo Juvenil e em O Gibi, quando então era chamado de Fantasma Voador. Com a fundação da RGE, as revistas do Fantasma se tornaram o principal produto e eram compostas de edições de tiras diárias e dominicais. Anos depois foram incluídas HQs da Gold Key, DC Comics e da Charlton Comics  adaptadas inicialmente ao formato americano  e depois aos formatinhos.  Essa editora lançou revista própria em 1953 chamada "Fantasma Magazine".  Como a demanda por material do personagem era muito grande, a revista chegou a ter histórias (não creditadas) produzidas no próprio país, desenhadas por Walmir Amaral, Júlio Shimamoto, Gutemberg Monteiro e Antonio Homobono.[10][14]
Segundo Walmir Amaral, a demanda por material do personagem era tanta que além das histórias americanas e brasileiras, também foram publicadas histórias da Suécia (que também usava material brasileiro), Holanda, Dinamarca e Bélgica.
Além de publicações das Organizações Globo (Jornal O Globo, RGE, Editora Globo), o Fantasma teve títulos publicados pelas Editoras EBAL, Saber, L&PM, Livraria Civilização, Opera Graphica, Editora Activa (selo da Opera Graphica), Nova Sampa e Mythos Editora.
Pela Opera Graphica, o quadrinista Mozart Couto desenhou diversas capas de revistas do Herói . A editora publicou várias revistas sobre o personagem e um livro escrito por Marco Aurélio Lucchetti e Franco de Rosa.
O último lançamento da Opera Graphica antes de encerrar suas atividades foi o livro teórico "Fantasma - Biografia Oficial do Primeiro Herói Fantasiado dos Quadrinhos" escrito por Marco Aurélio Lucchetti e organizada por Franco de Rosa (um dos proprietários da Editora) e lançado em Junho de 2009
Em 2011, a Editorial Kalaco (também pertecente a Franco de Rosa) publicou uma edição de luxo do "Casamento do Fantasma". A edição compila as tiras diárias e dominicais desenhadas por Sy Barry e André LeBlanc. É narrado o casamento de Kit Walker e Diana Palmer, tendo dentre os convidados outros personagens criados por Lee Falk: Mandrake, Lothar e Princesa Narda. A história já havia sido públicado em edição especial pela RGE no final da década de 70.

Cópias brasileiras do Fantasma

Assim como outro herói das selvas, o Tarzan, o sucesso do Fantasma no Brasil fez surgir alguns personagens baseados na criação de Lee Falk: Nos anos 60, Gedeone Malagola lançou o Homem-Lua e Wilson Fernandes, o Escorpião. A King Features ameaçou processar a Editora Taika, alegando que o Escorpião era um plágio. Após duas edições, o quadrinista argentino Rodolfo Zalla foi chamado para alterar o personagem. A revista do Escorpião teve dez edições.
O Homem-Lua surgiu depois que Gedeone teve um história escrita e desenhada por ele do Fantasma apresentada a RGE, o autor resolveu mudar as características do herói, adicionando novos detalhes, no lugar da cabeça, desenhou um círculo.
O herói não teve revista própria e suas história eram publicadas na revista do Raio Negro (outra criação de Malagola) da GEP.
Em 1984 foi criado pelos estúdios Disney da Editora Abril Penado, O Espírito Que Desanda, uma paródia protagonizada por Pena das Selvas (um spin-off do personagem Peninha).[29]
Em 2003, o roteirista e editor Franco de Rosa da Editora Opera Graphica, propôs a King Features um projeto de uma revista licenciada do Fantasma em estilo mangá. O projeto não foi aceito pela editora estadunidense. A Opera Graphica e a Editora Minuano publicaram Fantagor, uma revista no formato de bolso (semelhante aos mangás Editora JBC), com roteiros e arte de Pierre Viegas.[31] Os nomes dos personagens lembram o do universo do Fantasma, e nesse aspecto o Fantagor se aproxima de exemplos como o brasileiro O Judoka e o britânico Marveman/Miracleman, que surgiram nos quadrinhos após os personagens de quem foram inspirados terem tido impedidas a publicação.













JACK CARTOON DIRETOR DA GIBITECA HENFIL - AM

ÁLBUNS DO FANTASMA - EBAL


Álbum do Fantasma # 1




Álbum publicado no ínicio da década de 1980 pela EBAL (com permissão da RGE, que na época detinha os direitos sobre o Fantasma), mostrando a infância do herói: seu treinamento, sua relação com seus pais e os nativos, o primeiro encontro com Diana, sua educação nos EUA e por fim a morte de seu pai e seu início como Fantasma. Roteiro de Lee Falk e desenhos de Ray Moore, direto do fórum (álbum # 1 – EBAL)



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